A 14 de abril de 2022 entrou em vigor o novo Missal Português. Destaco aqui 2 alterações que a comunidade deve estar atenta para melhor participação na Eucaristia.
“1. Voltar a bater três vezes no peito
Uma particularidade do Ato Penitencial é a de retomar (numa das suas modalidades), na recitação comum da oração «Confesso a Deus todo poderoso…», a prática tradicional de bater três vezes no peito, enquanto se dizem as palavras: «por minha culpa, minha culpa, minha tão grande culpa». Mais do que uma simples nostalgia histórica, esta fórmula tem raízes bíblicas e rituais. Basta lembrar-se da tríplice negação de Pedro e, também, das três vezes em que o Apóstolo afirma o seu amor ao Senhor; ou das três imersões/ infusões batismais invocando as três pessoas da Santíssima Trindade.
2. A conclusão das orações
Outra novidade é o «retomar da tradicional conclusão plena da Oração coleta: «Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos». Para as restantes orações introduz-se a cláusula mais breve, tornando-as mais fluentes: «Por Cristo, nosso Senhor».[4]
Os bispos portugueses salientam a vantagem de retomar esta forma tradicional, não só por uma maior unidade com a editio typica latina, mas também pela sua riqueza mistagógica: «Estas conclusões, síntese feliz e doxológica da fé da Igreja, laboriosamente formulada nos quatro primeiros Concílios Ecuménicos, são escola da oração. Nelas se modela a regra e dinâmica trinitária, cristológica e pneumatológica: ao Pai, por Cristo, no Espírito Santo. A expressão final – «pelos séculos dos séculos» –, de sabor bíblico, reaparece no Missal, nas coletas e na doxologia final da Oração Eucarística, a reclamar o «Amen» da adesão e profissão de fé da comunidade crente e orante»” in Voz Portucalense
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